Viver na aldeia os anos da reforma. A horticultura e a jardinagem. Guardar a criação. Conhecer-se cuidando. Semear ainda. Partilhar os frutos.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
EM FEVEREIRO NASCEU UMA FLOR, SEGREDO MEU
Vulcânica, eruptiva... todavia, contida, é cor transformada em botão.
Botão é vida, organização, membrana que estende para fora de si.
Capta, emite sinais. No tempo certo, abriu em flor: que provocação!
Tantas possibilidades. Jardineiro de uma só flor, céus, tudo nela apostei. Valeu!
Xi-coração.
sábado, 14 de fevereiro de 2015
PÔR do SOL, no inverno (WINTER SUNSET, SOLEIL COUCHANT, effet d,hiver, OCASO de INVIERNO)
Fim do dia: à latitude de 57 graus, 2 minutos, N, cerca das 5 horas da tarde, aproxima-se rapidamente o pôr do sol. A temperatura do ar é inferior à da superfície do solo que encontra protecção no revestimento de neve quando superior a 20 cm, o que não está a ser o caso.
Durante a noite e madrugada, as temperaturas poderão descer aos 9 graus negativos. No entanto, o impacto nas terras de cultivo do frio intenso desde o fim do outono, é positivo. Invernos suaves aceleram a emergência da rebentação, aumentando significativamente a vulnerabilidade das plantas, comprometendo o resultado das colheitas. Apesar das aparências, pode dizer-se que este ano, por aquelas paragens, o inverno corre relativamente suave. Os agricultores temem maus resultados.
Fotos gentileza M.M., Fevereiro de 2015.
Fotos gentileza M.M., Fevereiro de 2015.
sábado, 7 de fevereiro de 2015
GEADA (FROST, GIVRE, HELADA, GELATE)
Seguíamos alegremente de bicicleta, encurtando caminho pelos trilhos estreitos do pequeno bosque de pinhal e mato. Era inverno e a primeira aula tinha início às 9 horas da manhã. As geadas eram frequentes. Mobilizado o parco roupeiro, o frio não nos apanhava de moral sofrida. Cedo aprendemos a tirar partido das condições de tempo. E como não reparar nas modificações da paisagem? Geralmente distraídos, não ficávamos indiferentes às composições das teias de aranha evidenciadas pelo brilho das contas de orvalho. Não: não víamos nelas as armadilhas discretas, obra de caçadores sinistros e implacáveis. Era a complexidade e simetria das formas e o surpreendente enfeite de pérolas que despertava a atenção.
Hoje, à mesma hora matutina, não me aventurarei para além dos limites do jardim.
Não encontrarei a sofisticação da rede de armadilhas capazes de deter um besouro em pleno voo sem danos irreparáveis. Mas o solo saturado das chuvas de há dias, vai libertando a água, sob a forma de vapor de água. Restos de madeira também impregnados de humidade pela exposição ao tempo, são um suporte possível.
As temperaturas abaixo dos zero graus centígrados e uma imperceptível aragem modelam cristais brancos da geada.
Demasiado efémeras, cedo se diluirão com a incidência directa dos primeiros raios de sol. Labirinto de formas: qual a chave?
Fotos de 5 de Fevereiro de 2015.
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