Neste velho tronco de oliveira e voltados para o quadrante das chuvas dominantes, os musgos estão presentes todo o ano. Aqui no quintal em pleno verão, esperando sobreviver até ao início das chuvas.
Com as primeiras chuvas mudam a tonalidade castanha para verde, primeiro verde alface e depois verde escuro. Crescem, crescem quanto mais humidade conseguem reter. Quando não cai chuva, contentam-se com a humidade dos dias de nevoeiro ou bruma, ou com a frequente formação de orvalho nestas noites frias de inverno.
Estas plantas não vasculares, de um a dez centímetros de altura, não têm nem raízes, nem um verdadeiro caule, nem dão flores, nem sementes. Para a absorção da água que sempre esperam, fazem-no quer através dos espaços inter-celulares, quer de célula a célula, quer por espaços capilares externos, ou através de células especializadas. Aqui neste inverno, abrigados no muro divisório de pedra calcária.
Crescendo sobre um esteio de granito, este inverno no jardim. Em formação as pequenas cápsulas vermelhas de esporos.
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