segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CALENDULA ARVENSIS (CALÊNDULA, ERVA VAQUEIRA)


A calêndula (não confundir com a calêndula de jardim - calendula oficinallis) tornou-se uma verdadeira praga. Antes só era vista por aqui no final do inverno, começos da primavera, embora a Flora Digital de Portugal da UTAD situe a floração entre dezembro e maio.

Mas já em outubro deste ano começaram a aparecer as primeiras e estão em força, sempre em grupo, nomeadamente na horta onde não fazem falta nenhuma. Estas fotografias de cima são de ontem em que se registaram máximas de 18 graus e mostram o que pode acontecer se deixarmos que a natureza siga o caminho próprio!


Ao meio dia ainda as flores estavam fechadas pois os raios do sol não tinha rompido a névoa. Normalmente só abrem completamente ao sol pleno para fecharem à noitinha.
Esta planta, também conhecida por malmequer dos campos, é outra das tais que nos seduzem pelas suas belas flores mas são altamente invasivas. Tenho vindo a cortar muitas à enxada. Talvez devesse queimá-las como faço a outras infestantes. Além de as cortar, recolhê-las e transportá-las, seria cá um trabalhão... Mas que adiantaria se os campos da vizinhança, cultivados ou incultos e os caminhos estão cheios delas? 

O seu tempo de vida pode ser de semanas ou meses mas nunca excede o ano. Deixam no entanto as incontáveis sementes em estado de dormência à espera de nova época para se resolverem em novas plantas. A calêndula revela-se extremamente resistente, subsistindo mesmo depois de arrancada se o tempo estiver húmido. 

As flores exteriores são em forma de língua e são femininas. As do interior do disco são tubulosas e masculinas. A flor é, aliás, uma inflorescência em capítulos.
Os frutos desta planta dispõem de pequenos espinhos que facilitam a sua dispersão pelas aves.

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