Notável a capacidade de resistência desta planta selvagem bem ancorada nas dunas do litoral onde lança raízes que podem alcançar os cinco metros. Folhas persistentes em roseta, coreáceas, cinzento-azuladas e espinhos bem aguçados. O azul é devido á camada de cera que reveste as folhas para obstar á desidratação a que estão continuamente sujeitas (xerófila).
Nesta fase, o assim chamado cardo-marítimo (que dos cardos não tem nada) está em plena floração organizada em inflorescências, umbelas em capítulos. O azul baço das flores, mais ténue ainda nas folhas, espelha o mar.
A polinização está assegurada por insectos.
Depois de secas as flores são arrastadas pelo vento, assim se disseminando as sementes.
A planta dá uma contribuição significativa na fixação do cordão dunar. Lamentavelmente algum do povão jovem faz poisio e atravessadouro destas zonas protegidas (por quem?). Bem fraco o poder dissuasor de tanto espinho quando as normas gerais de civilidade não são aceites e interiorizadas.
Fotos de julho de 2013, no litoral de Aveiro.
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