Estas sombrinhas são plantas lacustres dos climas tropicais, subtropicais e atlânticos. Aqui, literalmente á beira do pântano (inicialmente um lago artificial que deixou de ser expurgado de mais de uma tonelada de folhas e troncos mortos que nele caem anualmente) e dentro da aldeia, quebram a monotonia do arvoredo decrépito e do revestimento arbustivo entregue a si mesmo e têm um papel ainda que discreto no trabalho de purificação das águas.
Á mesma família das ciperáceas pertence igualmente o cyperus papyrus com que os egípcios realizaram os célebres papiros.
A sombrinha é de folha perene, muito verde. Do topo das longas e finas hastes de secção triangular saem radialmente mais de uma dúzia de brácteas com cerca de 30 a 40 cm de comprimento e 1,20 cm de largura. As flores meio amareladas, meio esverdeadas, são discretas e sem valor ornamental.
A planta é de crescimento muito rápido podendo alcançar 1,50 m de altura. Teme as geadas que geralmente reduzem a parte aérea a palha mas, á superfície do solo, lá estarão as inúmeras sementes e subterraneamente os rizomas que garantirão a multiplicação. Também pode ser reproduzida pelo corte da parte terminal de uma haste deixando uns 10 cm de caule. Removem-se as cabeças florais e reduzem-se as folhas deixando-lhes uns 20 cm até ao eixo. Colocam-se num recipiente de plástico, como a base de uma garrafa de água, que se enche até cobrir 5 cm da haste. Semanas depois surgirão rebentos novos. Em breve poderá plantá-los em pote, vaso ou directamente no solo. Neste último caso, atenção a que não deva ser plantada perto de cursos de água livres pois pode tornar-se invasiva.
Fotos de 23 de junho de 2013, na aldeia.
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