domingo, 9 de dezembro de 2012

ARISARUM VULGARE (CANDEIAS, CAPUZ-DE-FRADE)


Desde a infância que não voltara a ver estas candeias que atraiam a minha curiosidade pelas suas formas invulgares e elegantes e que tinham por habitat os solos argilo-calcários das vinhas em torno da aldeia.

As riscas longitudinais, brancas na base, depois verde-acastanhadas e purpuradas no capucho, dão-lhe um belo efeito. Na foto seguinte pode ver-se uma pontinha do espádice como se fosse um pequeno pavio saindo do tubo curvado da grande bráctea (espata) que o envolve.
 

Dão flor entre outubro e abril. No resto do ano pela ausência da flor e de folhas permanecem invisíveis aos nossos olhos. E, de facto, para sua própria defesa passam a época desfavorável do verão sem folhas ou flores reduzidas ao tubérculo subterrâneo.

È uma planta da família das araceae, herbácea, vivaz, de 10 a 30 cm de altura, sem ramificações. Cada folha e cada inflorescência nascem de um único caule, directamente do tubérculo. Ao longo dos caules vêem-se diminutas manchas escuras que parecem formigas. Esses tracinhos são visíveis na primeira das fotos. As folhas de longos pecíolos, são largas, em forma de seta ou coração e de cor verde pálido.


A flor, perfumada para atrair os insectos, não tem pétalas. A partir de baixo, a espata de cor acastanhada e em forma de capucho protege as inflorescências em cacho que se encontram no interior em torno do espádice, as femininas mais abaixo e menos numerosas.

Os frutos são bagas, aliás, tóxicas.

Multiplica-se por divisão dos tubérculos.

Fotos em ambiente de floresta, de 1 de dezembro de 2012.

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