Tenho de admitir que sendo o tanaceto do mais fácil dos cultivos, o facto de o ver à solta onde não é desejado, dentro e fora do jardim e até mesmo pelo quintal fora, o vinha desvalorizando aos meus olhos e passara a tomá-lo como mais uma das herbáceas selvagens a arrancar ou ignorar.
De passagem tomei-a por mais uma margarida. Ao tentar aproximar-me melhor da identificação, até para a distinguir das demais compostas que abundam no jardim, notei por exemplo a organização da flor em capítulos com cerca de 1,50 cm de diâmetro, as do círculo exterior de cor branca e liguladas e as do interior amarelas e tubuladas.
Está florida entre junho e novembro, dura muito tempo mesmo após cortada e pode ser usada na composição de jarras em verde ou como flor seca.
Apresenta a folhagem verde-amarelada, muito próxima da dos crisântemos: alterna, com ou sem pecíolo, recomposta, o limbo ovado ou obovado. Embora não seja muito comum, o chrysantemum cinerarifolium, por exemplo, dá uma inflorescência muito semelhante á deste tanaceto. Não surpreende que o T. parthenium também seja conhecido por chrysanthemum parthenium.
No entanto, o tanaceto mais comum, é o T. vulgare (tanásia ou atanásia), bem distinto do T. parthenium e que pode ser encontrado junto a charcos ou restos de demolições. A flor daquele é amarelo-dourada e a folha profundamente recortada em folíolos serrados. Uma vez seca os antigos espalhavam-na por toda a casa para afastar bichezas da mais variada espécie ou usavam-na como planta medicinal.
Os T. parthenium são pouco exigentes, a floração é abundante e adaptam-se bem a terrenos muito secos. Bem vistas as coisas, merece afinal o nosso cuidado.
Fotos destes últimos dias no quintal.
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