Este domingo amanheceu com uma ventania forte. A temperatura desceu. A luz é velada apesar de não se avistarem nuvens. Caem abundantemente as últimas laranjas do ano anterior quando as novas já enxameiam as árvores. Em rigor aquelas não favorecem o crescimento das novas. Vão secando, tornando-se mais leves. Mesmo assim têm vindo a proporcionar sumos deliciosos tomados diariamente a meio da manhã. Todos os frutos caídos (aparentemente sem doença) são recolhidos e transportados para uma zona do quintal a eles destinados onde também contribuem para o composto. No ano passado caiam por acção da mosca do mediterrâneo. Aí há que não as misturar com o composto mas antes enterrá-las separadamente. Praticamente toda a copa foi renovada. Muito houve que varrer para recolher tanta folha. Felizmente não há vestígios de lagarta mineira. Certamente porque o ano não lhe foi favorável e não em resultado de suposta aplicação de químicos. Observo o mesmo com as infestantes. As dominantes do ano passado, não são necessariamente as deste ano. É preciso observar sempre e guardar memória do que se vai vendo, tentando identificar o processo sem cair na tentação de procurar recurso imediato aos químicos. Este ano, por exemplo, acompanhando os pessegueiros vi surgir os sinais de lepra. Fui cortando as folhas afectadas, folhinha a folhinha, sempre na expectativa de que a coisa ficasse por ali. Ás tantas, muitíssimo antes que a árvore ficasse depenada (o que obviamente não estava na minha intenção), o processo cessou. E lá estão os pessegueiros na maior! Quando chegar a altura, ao cair da folha e depois em pleno repouso vegetativo, farei a aplicação preventiva de calda bordalesa e do óleo de inverno. Nessa altura retomo a limpeza das caldeiras, procurando que fiquem inclinadas para fora para evitar o encharcamento e quando aplicar o tratamento da árvore também pulverizarei a área da caldeira. Também os troncos merecerão atenção e, se for caso disso, aplicarei neles á trincha um fungicida cúprico. Relativamente á lagarta mineira sinto-me impotente para a combater eficazmente. Já apliquei em tempos insecticidas sistémicos. São perigosos para a saúde humana e caros. Sem resultado. Então, agora deixo correr... Como disse, há anos (ás vezes seguidos) de presença constante da l.m. e outros como o presente em que não a tenho visto. Afinal de uma maneira ou doutra, temos tido sempre produções excessivas no todo de uma dúzia de citrinos.
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