segunda-feira, 23 de setembro de 2013

XANTHIUM STRUMARIUM (BARDANA-MENOR)



No leito fundo e ainda seco da Vala do Freixial, encontramos um exemplar de bardana-menor, de largas folhas e longos pecíolos.


 O curso do ribeiro está interrompido desde fins de julho ou princípios de agosto. Mas, em breve, as primeiras chuvas de outono reporão a corrente. Neste curto intervalo a planta parece investir sobretudo na produção de flores em desfavor de ramos e folhas que se mostram relativamente escassos. 


As flores, são desprovidas de pétalas (apétalas). Crescem no ângulo formado pela inserção da folha no caule (axila) e no remate dos caules, formando capítulos de apenas um sexo mas os dois sexos estão presentes em cada planta, os machos mais acima.


Os capítulos macho são mais pequenos, não espinhosos e tendencialmente esféricos. São os produtores do pólen. Os capítulos fêmea, mais ovalados e espinhosos, apresentam-se inicialmente de cor verde mas tornam-se castanhos na maturidade. A floração dá-se entre agosto e outubro. 

Se as primeiras águas das chuvas não submergirem totalmente a planta, os frutos (pequenos aquénios) vingarão e as sementes, duas por fruto, poderão ser transportadas pela corrente e finalmente dar lugar a novas plantas. Os frutos das plantas nascidas nas margens ou nos campos secos mais afastados aproveitam a passagem de um animal para uma boleia até se desprenderem ou o vento se encarregará de as disseminar.

A planta é tóxica para o gado que felizmente parece evitá-la.

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