No Nascente do Freixial a água mantém-se poderosamente viva mas já não desce pela Vala. Nas regueiras há meses que não corre. É normal para a época.
Nos leitos da Vala e regueiras e nas margens (nestas mais intensamente), cresce uma vegetação densa, impenetrável, de uma riquíssima variedade.
Nessa associação encontramos a hortelã-de-água, uma espécie aromática típica muito frequente nestes ambientes. Nesta altura estão floridas, dominando o tom malva. Flores em verticilos que no topo se agrupam em cabeças globulares. Os caules são ramificados e levemente pendentes, alcançando os 80 cm de altura. As folhas são simples, inteiras e opostas.
Estas e outras herbáceas têm um papel muito positivo contra a erosão, contribuindo para a fixação das margens. Não menor é o seu contributo na depuração das águas. Neste âmbito, levam oxigénio ás bactérias que vivem ao nível das raízes. As bactérias transformam a matéria orgânica em nutrientes que, por sua vez, alimentam a planta. A planta ganha a capacidade de eliminar nitratos e metais pesados. Afinal, aspectos positivos desta selva que à primeira vista apenas exprime caos.
Fotos de ontem, no Freixial.
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