Neste fim de verão, as madrugadas são agora frescas contrastando com dias ainda muito quentes, mas no final do dia sopra uma leve aragem e nos céus, desde o meio da tarde, acumulam-se as nuvens.
As centáureas despedem as últimas sementes. O vento dispersa-as pelo capim dourado do planalto, pontuado por cristas negras desiguais das rochas que povoam o subsolo.
Para trás ficaram os dias de esplendor, com as flores solitárias, amarelas ou amarelas e levemente alaranjadas, dispostas em capítulos vistosos, as folhas verdes rematando num pequeno espinho.
Proximamente hão-de surgir as grossas chuvadas de setembro quando os castelos de nuvens se resolverem em violentas tempestades. Cairão ainda os fortes nevões. Mas a primavera está prometida e com ela o despertar de muitas destas sementes.
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