Dos trabalhos da horta mais recorrentes e verdadeiro trabalho de Sísifo não é menor o da limpeza das ervas não semeadas dos canteiros. Esta semana limpei os vários canteiros de feijão, mas também chalotas, abóboras e couves. Ficam a aguardar, entre outros, cebolos, tomates e ervilhas. Com os últimos aguaceiros podemos contar com o retorno aos canteiros agora limpos...
Por vezes não é fácil distinguir as plantas a arrancar e as que queremos ver crescer bem. Por isso, não raro, temos que deixar crescer umas e outras até que a escolha seja clara. De uma e outra forma, acabamos por nos confrontar ao longo do ano com uma vastíssima variedade de plantas. Podemos ficar por aí: são ervas ruins e pronto. Ou sentirmos a curiosidade de as identificar e tirar consequências.
Então a minha curiosidade decorre do contacto prático, esforçado e suado com o mundo vegetal, tendo em vista o bom resultado das culturas. Sendo determinante mas não exclusivo, sobra tempo para estas agradáveis tentativas de aproximação aos resultados do conhecimento publicado de outros. Creio que não há possibilidades de confusão entre estas duas perspectivas, isto é, entre a da cultura de domesticação imediata da natureza e a da descrição, análise, sistematização e interpretação duma realidade como outras. Espero, pois, que me absolvam se parecer pretensioso quando por exemplo, entrando em seara alheia, chamo de misopates (!) a estas inocentes ervinhas que tiveram o azar de se cruzar comigo ao nascerem (erradamente, apenas na minha perspectiva) adentro dos limites do canteiro que arbitrariamente tracei.
Já agora, especifico: limite do canteiro "velho" dos morangos, em 2 de Maio de 2012, no quintal.
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