quinta-feira, 14 de julho de 2011

TRABALHOS DE JULHO


Parece-me que não há ano sem que a natureza manifeste o peso da sua indiferença relativamente às expectativas do hortelão/jardineiro de ao pé da porta. Ou hão-de ser as geadas quando a luz e o calor do sol prometem amenidade, ou secas sem fim que entram outono adentro e onde só ás vezes uns pingos de aguaceiro arremedam chuva, ou cheias intempestivas que tudo engolem, eu sei lá que mais.
Este ano já relatei estragos do vento nos pomares e nos batatais. Passaram largas semanas. Não é que agora voltaram as tardes de vento forte?


Enquanto reforçava as canas dos feijoeiros parcialmente tombados pelo vento, pensava em como o ar quente soprado com inusitada violência, ressequia rapidamente a terra arenosa do quintal, obrigando a maior consumo de água que, agora, só captaria descendo o motor no poço por mais um metro.

 

Como é normal as nascentes já não repõem os níveis de água como antes. È necessário dosear as regas. Mas em especial os citrinos de grande porte manifestam a sede pelo enrolamento das folhas e quem lhe ficará indiferente?    


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