quinta-feira, 11 de outubro de 2018

EICHHORNIA CRASSIPES (JACINTO-de-ÁGUA, AGUAPÉ-de-FLOR ROXA, COMMON WATER HYACINTH)


Conceda-se-lhe a triste fama de ser uma das cem mais nocivas invasoras do mundo. Nem a manifesta beleza das flores e folhas a absolverá. A comercialização da planta em Portugal está proibida por lei desde 1974. No entanto, há notícia de que já tem sido vista à venda, como decorativa, em lojas de flores. 


Os jacintos de água, originários da bacia do Amazonas, formam tapetes densos à superfície das águas impedindo as plantas aquáticas nativas de receberem a luz solar. Afetam os recursos de água para consumo doméstico, alteram a temperatura da água, baixam os níveis de oxigenação com reflexos também na saúde e vida dos peixes, impedem o escoamento favorecendo as inundações, facilitam a proliferação de mosquitos. 

Dispensam a terra para o seu desenvolvimento. Encontram-no nas substâncias orgânicas presentes na água. São plantas herbáceas flutuantes, de longas raízes em cabeleira. Os caules são estoloníferos que em desenvolvimento formam rapidamente novas plantas. As folhas são espessas e largas, ovóides na forma, de um verde-escuro brilhante e mostram-se num pecíolo inchado formado por um tecido esponjoso que lhes faculta a capacidade da flutuação. 


Grandes flores hermafroditas de seis tépalas semelhantes a pétalas, ovadas a oblongas. A tépala cimeira apresenta-se de amarelo ao centro rodeado por tons de azul pálido, raiados a violeta. 

Um exemplo de cuidado: o município de Águeda  tomou a peito o controlo dos jacintos da lindíssima Pateira de Fermentelos usando uma ceifeira aquática, já baptizada "Pato de Água" e que flutua desde os 35 cm de água. Controlo que não a eliminação total ...

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