Hoje em dia os inevitáveis passeios de verão à beira-mar têm de ser conjugados com outros tantos, à sombra das árvores, pelo aglomerado urbano e parques públicos, onde os houver, de modo a limitar a exposição directa aos raios solares.
Tenho a preocupação de me acompanhar da câmara fotográfica. Claro que o que domina é o betão, quando não a revoltante imagem das escórias de construção cobardemente largadas a esmo. Varandas, sacadas e espaços destinados a jardim raramente são aproveitados ou então, resumem-se a uma ou duas pindéricas e semi-abandonadas plantas ou, apenas, a relva mal cuidada com ou sem um arbusto entregue a si mesmo.
Como em tudo na vida, quando pacientemente procuramos, acabamos por nos surpreender com casos particulares de bom gosto e cuidado ou de resultados felizes de sobrevivência ao abandono ou de vidas mais ou menos espontâneas. Hoje trago imagens de iúca, colhidas já este mês, na urbanização tipo "Quarteira", da Praia da Barra, Ílhavo. A iúca é uma planta que pode hoje em dia encontrar-se desde as florestas húmidas aos secos desertos. Ainda assim, é particularmente notável como resiste à forte salinidade do meio ambiente. A floração é muito exótica e vistosa. Já as folhas rematam com um pico muito afiado e as suas bainhas são ásperas e cortantes. Entre verão e outono, consoante o desenvolvimento da planta, destacam-se em altura 2 ou 3 hastes e nelas aparecem aqueles cachos de flores brancas e perfumadas em forma de campainhas. A multiplicação da iúca faz-se pela separação de rebentos-ladrões. Também pode fazer-se por semente mas aí é conveniente possibilitar a polinização manual na ausência de insectos específicos para esse trabalho.
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