O círculo exterior das folhas da couve é o primeiro a secar e a cair, sinal de renovação da planta. Costumo antecipar-me à queda natural e quando vejo muitas folhas em declínio vou cortando com o cuidado de deixar sempre que possível um talo de cerca de um centímetro para não ferir o caule. Esse talo acabará por cair naturalmente e sem deixar cicatriz.
Também não gosto de ver o solo coberto com essas folhas que entram rapidamente em decomposição e servem às mil maravilhas de morada de miríades de fungos, algas, bactérias, protozoários, artrópodes, etc. Já temos que chegue mesmo sem o contributo adicional das folhas de couve em processo de apodrecimento...
Ao retirar as folhas dou conta da presença de muita vida por baixo. Nem sempre posso andar acompanhado de câmara fotográfica. Mas, desta vez ... O malandro ficou naturalmente assustado ao retirarem-lhe o tecto da casa. Mas ainda me deu tempo para fixar algumas imagens. Consultei as fontes disponíveis e creio poder afirmar estarmos em presença de um Staphylinus Olens, afinal um amigo inesperado, insecto auxiliar da agricultura, de hábitos nocturnos, coleóptero de cor negro azulada.
É que o nosso estafilino oloroso alimenta-se de caracóis, lesmas, ovos postos a pouca profundidade do solo, larvas de insectos, (incluindo larvas da mosca da couve) e lamentavelmente de minhocas também.
Nem tudo o que parece, é...
As fotos são de 20 de Outubro.
As fotos são de 20 de Outubro.
Sem comentários:
Enviar um comentário