O Gato
Vem cá, meu gato, aqui no meu regaço; Viens, mon beau chat, sur mon coeur amoureux;
Guarda essas garras devagar, Retiens les griffes de ta patte,
E nos teus belos olhos de ágata e aço, Et laisse-moi plonger dans tes beaux yeux
Deixa-me aos poucos mergulhar. Mêlés de métal et d,agate.
Quando meus dedos cobrem de carícias Lorsque mes doigts caressent á loisir,
Tua cabeça e dócil torso, Ta tête et ton dos élastique
E minha mão se embriaga nas delícias Et que ma main s,enivre du plaisir
De afagar-te o eléctrico dorso. De palper ton corps électrique,
Em sonho a vejo. Seu olhar profundo, Je vois ma femme en esprit; son regard
Como o teu, amável felino, Comme le tien, aimable bête,
Qual dardo dilacera e fere fundo, Profond et froid, coupe et fend comme un dard
E, dos pés á cabeça, um fino Et des pieds jusques à la tête,
Ar subtil, um perfume que envenena Un air subtil, un dangereux parfum
Envolve-lhe a carne morena. Nagent autour de son corps brun.
Poesia de Charles Baudelaire, Les Fleurs du Mal, 1857; Não consegui identificar o tradutor para português. Fotos de maio de 2013.
Que lindo que lindo que lindo!!!!!!!!!!
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Obrigado. Reconheces o sítio? A imagem de hoje com o papagaio fica na casa que antecede. Na mesma rua e do lado oposto, em plano superior, a seguir á antiga escadaria de pedra, há um espaço abandonado onde dominam agora os altos malmequeres amarelos que é o refúgio destes felinos. Sabias que em França por razões de higiene e saúde pública, para não favorecer a multiplicação descontrolada da espécie, é legalmente proibido alimentar gatos abandonados? A fundamentação da norma tem qualquer coisa de científico... como no caso daquele detergente que contém "enzolves". Felizmente que lá como cá, boas fadas há... para contento dos "xinhos".
ResponderEliminarBeijinhos.