segunda-feira, 3 de junho de 2013

SMILAX ASPERA (SALSAPARRILHA-DO-REINO), a cor dos frutos.


Os sítios evocados nos temas anteriores relacionados com orquídeas selvagens, remetem para vivências marcantes desde a mais tenra idade.

 
Instruído com mil conselhos sabia que frutos silvestres eram comestíveis e quando os podia colher. Uns estavam tão imperativamente proibidos que nem sequer lhes tocava. Mas a experiência é a grande mestra da vida: pruridos cutâneos ou até indigestões, eram lições não menos eficazes do que as mais veementes recomendações.
 
 
Também abrangidas pela proibição de ingerir, as bagas da smilex podiam tornar-se elemento decorativo nos cenários construídos á sombra amena dos pinheiros mansos da Cardosa e Cabeços. O efeito das caprichosas circulações das lianas da salsaparrilha, ancoradas por gavinhas a outros arbustos, as folhas em forma de coração bordadas de espinhos e os cachos de frutos carnudos e pendentes, transportavam-me para os ambientes da selva tal como a imaginava a partir das absorventes leituras do "Mundo de Aventuras" e do "Cavaleiro Andante". 
 
 
As bagas começavam na cor verde, passando pelo vermelho, o rubi e depois iam escurecendo até se tornarem negras. Mas na fase retratada nas três primeiras fotografias são da mesma cor do vinho obtido a partir das castas cultivadas nos vinhedos circundantes, com dominância da baga, um deslumbrante tom super-sofisticado.
 
Fotos: a última de 27 de março e as demais de 26 de maio de 2013, na Cardosa nos limites da aldeia.

Sem comentários:

Enviar um comentário