Outono. Um casal de faisões cruza a estrada, o macho na dianteira já a meio do talude, meio confundido com a vegetação, e a fêmea atrás, sensivelmente a meio da via. No corpo e cauda, os machos têm pintas castanhas, verdes e pretas, cabeça em verde escuro e face avermelhada. As fêmeas são mais pequenas e a cor é mais uniforme. Apresentam um corpo mosqueado a castanho pálido. A cauda é comprida. Procuram sementes e insectos, especialmente no restolho dos cereais. Estas belíssimas aves dificilmente serão colhidas pelo trânsito rodoviário. Porém, o risco de serem mortas pelos caçadores é constante entre 1 de Outubro a 1 de Fevereiro. Por estas paragens são criadas em cativeiro aos milhões (mais de 30 milhões) e soltas a partir de Julho de modo que possam ser abatidas a voar com pelo menos 7 semanas. A caça destas aves está estritamente regulamentada e, para os nossos padrões, é caríssima. Os caçadores são devidamente enquadrados pelos promotores que oferecem pacotes de serviços, incluindo alojamento, refeições e transporte na reserva. E, assim, por cada ave abatida, o caçador pagará em média o correspondente a cerca de 30 a 40 euros...
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