Pequenos cursos de água aparentemente cristalina manifestam a montanha viva.
Mas, vistas mais de perto, águas e leito, que surpresa: sobressaem tonalidades fortemente acastanhadas. Alarmante? E, no entanto, das nascentes até à foz no grande lago, não há vestígios de habitações, mesmo acampamentos temporários, pastorícia, muito menos indústrias, com as suas lixeiras e derivados. Tão só a montanha selvagem, típica das latitudes mais a norte da Europa.
Tranquilizemo-nos: investigadores que desde há dezenas de anos monitorizam estas águas, garantem que os tons de castanho nos aproximam cada vez mais do que eram os ribeiros de montanha antes da revolução industrial. Nos últimos decénios terá havido redução de chuvas ácidas, as tais que arrastam compostos de enxofre suspensos na atmosfera. Por seu lado, essa redução terá permitido o aumento de carbono orgânico dissolvido na água, aqui facilitado pelas quantidades enormes de turfeiras em toda a cadeia montanhosa. Mais cristalino igual a mais puro? Pelos vistos, nem sempre!
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