Associo a santolina às bordaduras vegetais de outros tempos com que se compunham os canteiros de flores segundo figuras geométricas regulares ou, em curvas mais ou menos elaboradas. Uma vez dispostas, pouco exigentes em regas, quase que não requeriam mais do que alguma poda para se conterem nos limites convenientes. Mas, com um preço: a poda rasteira e frequente, inviabilizava na maior parte das vezes a floração.
Nos presentes tempos em que não se pára para olhar um detalhe, predominam as manchas coloridas, as texturas, as combinações.
Os caules crescem libertos da tesoura para alcançarem os 40-50 cm de altura. A folhagem cinzento-prateada, agora mais próxima da mão, continua a desafiar-nos à reverência de um toque para recolher os seus aromas. Realce para as flores na sua ainda que discreta beleza. Aplaudo.
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