quinta-feira, 17 de abril de 2014

GRANDEZA de uma PEQUENA PLANTA COMUM em CONDIÇÕES INVULGARES



O acesso à casa faz-se entre canteiros bordejados por muretes. Na mais imperceptível fissura do pavimento lajeado, logo se insinua uma das incontáveis sementes que, praticamente invisíveis, peregrinam  por tudo quanto é sítio. Acontece haver uma ou outra que logra instalar-se e desenvolver-se no mais improvável desses sítios. 


Para cúmulo, nas andanças em volta dos canteiros relvados, vimos pisando inadvertidamente exemplares como o das  fotos, de resto, já antecipadamente condenados pelas nossas ideias do que seja o sujo e o limpo aplicado a jardins, pátios e acessos a casa... 


Enquanto perdura o orvalho da manhã, abstemo-nos  de entrar no relvado e realizamos outras tarefas, mais não sejam do que uma breve ronda avaliando o estado das coisas e as tarefas do dia.  


Foi numa dessas alturas que me apercebi da pequena asterácea em botão de folhas já bem pisadas e nascida  numa daquelas muito ínfimas rachas. 

O que me chamou a atenção foram exactamente as cores vivas em verde, amarelo e vermelho dos pequenos botões.  Voltei logo com a câmara fotográfica e registei as primeiras fotos com a luz do início da manhã. 


As fotos anterior e seguinte são da mesma plantinha tiradas no mesmo dia mas às 2 da tarde em sol pleno. Será talvez supérfluo acrescentar que a estas flores abertas correspondem exactamente as flores em botão das fotos mais acima.


Este fenómeno sempre possível, conhecido de todos, ainda nos toca pelo inesperado. Não! Não se trata de atribuir  um pensamento à maneira do homem que ao caso não compete. Abandonemo-nos apenas no deleite da beleza onde quer que ela surja. Fascinante!


Fotos de 15 deste mês, no jardim. Os pequenos arcos de círculo das 3 primeiras fotos são de uma moeda de 1 euro. 

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