Quando eu nasci,
ficou tudo como
estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve
Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e
agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão
eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
Pra
que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de
minha Mãe...
Sebastião da Gama, Serra Mãe, Pequeno Poema, 1945.
Fotos de 6 de junho de 2012, canteiro dos cactos, no jardim.
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