quarta-feira, 26 de agosto de 2015

PETUNIA HYBRIDA (PETÚNIA, PÉTUNIA)


Em violeta mais escuro,


ou mais pálido,


a tender para o azul ou, 


nem tanto, as petúnias são plantas generosas em floração desde a Abril até aos primeiros frios outonais e não pedem mais do que um pouco de atenção. Permita-me um conselho: na próxima Primavera semeie (ou ressemeie) petúnias. Transplante-as para  local escolhido (as nossas estão em vasos baixos, arredondados). Adicione à terra um pouquinho de estrume. Repita de mês a mês. Retire as flores murchas. Cores frias, brilhantes, no auge do Estio: uma visão refrescante!

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

SISYRINCHIUM STRIATUM


Em ambiente rochoso  deparo-me, inesperadamente, com belas flores em branco-creme a amarelo pálido dispostas ao longo de lançamentos verticais. 


Surpresa: as folhas assemelha-se às dos íris. Já terão identificado o sisyrinchium striatum (Família: iridáceas). Para mim, foi novidade absoluta. 


Para mais encontrei-as num ambiente frio e ventoso onde parecem bem adaptadas. Sei agora que não muito longe também são cultivadas outras variedades em amarelo vivo e azul. Mérito dos seus jardineiros e da grande capacidade de resistência destas espécies. Ficou por saber se não estarão envasadas e se em tempo oportuno não recolherão às estufas. As fotos são do início de Julho. 

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

LYSIMACHIA (LISIMÁQUIA, GARDEN LOOSESTRIFE, LYSIMAQUE)


Uma mancha de flores em amarelo dourado diz bem com a quadra estival que atravessamos. A temperar a explosão de cor, destaque para o verde da folhagem. Em natureza a lisimáquia (L. vulgar) surge espontânea nas margens frescas dos nossos ribeiros, à sombra das plantas ribeirinhas. Mas para a L. punctata, variedade decorativa, escolhamos um solo húmido, bem drenado.  E, preferencialmente, na meia-sombra. Bem cuidada não tardará a espalhar-se. Os caules erectos elevam-se até cerca de 1 metro de altura. É uma planta resistente. Poderá sobreviver fora de condições ideais. Nesse caso, porém, dificilmente os caules passarão de escassos centímetros de altura. Então, cuidemos bem da lisimáquia: vale a pena!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

GERANIUM "ROZANNE", (GERÂNIO AZUL-VIOLETA, GÉRANIUM)


O vermelho e o rosa são cores dominantes nos gerânios.  Pendendo de cestos ou em floreiras na frontaria das casas, contrastam com o branco das paredes e dão uma nota de alegria e civilização. Também têm um lugar de efeito seguro nos jardins. 


Menos comuns os tons malva e roxo, ainda assim surgem em combinação com as cores quentes de outros gerânios ou pelargónios, onde perdem muito do seu valor decorativo. 


Este verão, fui agradavelmente surpreendido com o geranium rozanne, um híbrido em expansão nas latitudes mais a norte onde floresce por toda a estação desde fins da primavera até à primeira geada no início do outono. A base azul em pétalas de gerânios não é propriamente novidade. Agora, atente-se bem na disposição do disco, na transição em aguarela do azul-violeta  para o branco cortado por nervuras em magenta convergindo para o foco de onde sobressaem os filetes e estigmas aqueles em tons mais escuros. 
Na foto tirada num jardim público, a planta alcança os 60 cm de altura e um pouco mais na largura da ramagem. Um gerânio de valor absoluto! Como gostaria de experimentar cultivá-lo no jardim.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

ARMERIA MARITIMA (ARMÉRIA, SEA THRIFT, GAZON D, ESPAGNE)


              Dir-se-iam cebolinhos (allium schoenoprasum) em botão. Porém, a ausência do cheiro típico das folhas frescas, semelhante ao da cebola, não engana... E, escavando, também não encontraria caules subterrâneos, os inconfundíveis bolbos. 
                  A planta da foto cresce espontâneamente em latitudes muito a norte, em ambiente marítimo, de muita humidade e vento fresco. Também é usada como planta decorativa. Nesse caso, pode ser cultivada até bem mais a sul. Em França, por exemplo, é comum servir de bordadura dos pequenos jardins em volta das habitações onde revela capacidade de resistência. Mas é, sobretudo,  admirada pela longa temporada de floração. Para além disso, até no  inverno conserva a verdura dos caules em tufos semelhantes aos das gramíneas. Neste particular, ganha ao allium. 

segunda-feira, 27 de julho de 2015

LOBÉLIA (LOBELIA ERINUS)


Hoje em dia, na quadra do verão, em espaços públicos, é relativamente comum encontramos lobélias pendendo de cestos de arranjos de flores de cores vivas. Não é o caso da lobélia da foto, planta perene ou quase, resistente, com cerca de 1,50 m de altura.  Para atingir o máximo esplendor requer mais do que uma terra bem estrumada, mantida húmida e exposição ao sol. É que acima de temperaturas médias do ar superiores a 21º graus as flores arriscam acabar queimadas. Por isso, tentar que variedades como a "Crystal Palace" da foto prosperem nos nossos jardins, é sobremaneira arriscado. Apesar de podermos dispor de várias possibilidades de azul que tonalidades igualam esta lobélia em suavidade repousante? 

quarta-feira, 22 de julho de 2015

MOLEDROS ou MOLEDOS (STONE CAIRNS)



               Por estas latitudes, como as da foto, o apelo do "Leave no Trace" parece não deixar ninguém indiferente.  Íntimo imperativo ético conservacionista fundado na responsabilidade pelos impactos humanos no ambiente  ou efeito da coercibilidade própria das normas jurídicas? Mas, neste caso,  em espaços tão amplos e afastados de povoados, como garantir o pretendido efeito dissuasor das leis para actos tão discretos como "esquecer" embalagens de cerveja, restos de comida, vestuário, tendas avariadas, entre outras tantas "inocentes" displicências?  E, no entanto, juro, por aqui é difícil ver lixo de qualquer espécie. Para um latino, como este que se apresenta, é, deveras, um espanto!
             Ainda assim, as propostas do movimento para não deixar marcas no ambiente são objecto de normal oposição. Há, sobretudo, quem as conteste por supostamente fundamentalistas.
              Da polémica sobram aqueles montinhos de pedra, nem demarcação de terras, nem sinalética de trilhos,  memória de antepassados ou exercício de cosmologia. Na pureza dos princípios conservacionistas (sete, como na história da Branca de Neve) não se deve alterar a disposição dos elementos naturais.  
              Mais forte é o impulso, tão básico, para exprimir uma emoção maior suscitada pelo confronto com estes horizontes amplos, os cumes altos aparentemente intocados. O material da expressão, cada pedra, permanecerá inteiro, solto e aceitável à escala de Liliput. Não tardará o regresso das neves que o fundirão com o solo. Por mim, nem os acrescentei nem diminuí: cepticismo da idade?. Mas a moldura, incluindo o natural e o edificado, permanece. Acredito que  tão cedo não vai sair da memória.