sexta-feira, 14 de março de 2014

KALANCHOE PUMILA (CALANCOIS, COERANA, SILVER GRAY, CALANCOLE)


Após alguns anos sem florir, surpreendeu este ano a cuidadora, a nossa amiga e vizinha D. Lurdes, que não tardou em dar-nos notícia com o convite, logo aceite, para o fotografarmos. O espaço que lhe reserva é o mesmo que com muito sucesso dedica em geral às suculentas e orquídeas. Voltado a nascente e abrigado de norte, sul e poente recebe luz e calor reflectidos pela parede a norte e está defendido a sul dos excessos de calor do verão. Um local óptimo e que, para mais, colado à habitação, está ao alcance fácil dos seus cuidados.


A Kalanchoe da família das crassuláceas, é originária de Madagáscar. Caules finos e frágeis. Flores de 4 pétalas em tons rosa-lilás, agrupadas em inflorescências (panículas). As pétalas têm a particularidade de se recurvarem apresentado 8 estames.


Para favorecer a floração poderá tentar-se o transplante anual no outono para um vaso um pouco maior. E não exigirá muito mais do que um toque de adubo fora da estação de repouso vegetativo e muita atenção com as regas antes que as folhas dêem sinal  de enfraquecimento mas sempre moderadas sob pena de provocar a morte da planta. 


Folhas ovais em cinzento prateado com leves toques em tom rosa. Margens dentadas. Antes da floração a cor e disposição da folhagem não é particularmente atractiva. As folhas se ingeridas, são tóxicas.

Multiplicação por reprodução vegetativa: plantação de estacas foliares de caules e folhas em vaso, em local protegido de luz directa; mantê-las levemente húmidas. Dentro de um mês terão nascido as raízes.

Tipicamente suculenta, tolera bem a seca e dá-se em locais de muita luz mas não directamente expostos ao sol. Também é planta de interior e é óptima para decorar um cestinho pendente. Escolher então um local bem iluminado à janela.

Fotos de ontem.

quarta-feira, 12 de março de 2014

BELLIS (MARGARIDA, LAWN DAISY, PÂQUERETTE, CHIRIBITA, PRATOLINE)


Simples, ainda que não tanto como as pequenas margaridas dos relvados,


de tons suaves, mas chamativos,


quem lhes fica indiferente?

Fins de Fevereiro de 2014, em estufa.

segunda-feira, 10 de março de 2014

CHEIRANTHUS CHEIRI ou ERYSIMUM CHEIRI (GOIVEIRO-AMARELO, WALLFLOWER, FIRE KING, GIROFLIER JAUNE, ALHELÍ AMARILLO, VIOLACCIOCCA GIALLA)


Segundo ano no jardim, primeiro a florir. Valeu a pena esperar, muito obrigado Aida e Edgar.


Planta espontânea originária da região mediterrânica oriental é capaz de habitar velhos muros e ambientes pedregosos em geral. Há muito foi naturalizada como ornamental de jardim. Pertence à família brassicaceae (cruciferae), a mesma das couves. Parentes próximos são igualmente os goivos (matthiola incana).


Quatro pétalas em forma de cruz unidas na base, 6 estames dos quais 4 altos e 2 curtos e ao centro o gineceu. Na segunda foto são evidentes as 4 sépalas em verde com tons violáceos.


Inflorescência em rácemos (ou cachos) de flores em amarelo vivo a castanho alaranjado, muito perfumadas e no início de Março são das primeiras a merecerem a visita das abelhas.


A planta desenvolve-se e multiplica-se muito rapidamente através das sementes. 

Fotos de ontem no jardim.

sábado, 8 de março de 2014

LAURUS NOBILIS, (LOUREIRO, BAY LAUREL, LAURIER NOBLE, ALLORO), em flor


Planta aromática muito usada na cozinha tradicional da região, tinha um lugar certo mas controlado, no quintal. Actualmente, o loureiro multiplica-se a olhos vistos pelos campos abandonados e torna-se indesejável.  


Imagem muito ampliada da pequena flor de loureiro em tons de amarelo claro. 



A maior parte das angiospérmicas é hermafrodita isto é, cada indivíduo apresenta órgãos sexuais dos dois sexos. Não é o caso do loureiro que segue a regra da maioria dos vertebrados em que os sexos se encontram separados em indivíduos diferentes. 
Na flor da foto, quatro tépalas fundidas na base, 8 a 12 estames amarelados e na base de cada um, dois nectários opostos, em amarelo mais carregado, onde se produz o pólen. 


Já as flores femininas apresentam ovário súpero, 1 estilete, 1 estigma e 2 a 3 estaminódios, parecidos com estames, que não se desenvolvem até à maturidade e não chegam a produzir pólen. Apenas as flores femininas produzem frutos que são bagas de uma só semente.


Flores pedunculadas, perfumadas, agrupadas em inflorescências de pequenas umbelas de 4 ou 5 flores a partir das axilas das folhas.


Flores da semana corrente, algumas desta manhã no limite da aldeia e no jardim.

quinta-feira, 6 de março de 2014

PRIMAVERA, primeiros esboços. (FIRST SKETCHES of SPRING SEASON, PREMIÈRES ÉBAUCHES du PRINTEMPS)


Entre as duas aldeias estende-se a várzea inculta mas de rico potencial revestida todo o ano de ervas espontâneas.  No limite norte, à nova estrada sucedem-se um declive e os charcos, alguns permanentes. Muda o revestimento. Agora uma cortina vegetal anárquica de árvores e arbustos sobrepõe-se à longa mancha das ervas rasteiras: salgueiros, canas, choupos, plátanos e rebentações bravas de árvores de fruto, entre outras.  


Em minoria, mas também há arbustos e árvores de folha permanente: loureiro, folhado (viburnum tinus) e eucaliptos. Na foto um rebento bravo de pessegueiro em flor, vestígio dos tempos não muito recuados em que todo este solo era aproveitado ao milímetro com culturas. 


A novidade está, porém, nos primeiros. Em fase de abrolhamento, a pouco e pouco estão a surgir os rebentos. Com mágica paleta, a natureza distribui cor a caules, ramos e folhas. De momento, em primeiro esboço.  Definitivamente nos meses próximos (mas haverá alguma coisa de definitivo para a natureza?): aqui na aldeia quando os cachos de uvas iniciam a maturação dizemos "chegou o pintor!", mas a tela está em dinâmica permanente...


Houve árvores caídas com os temporais de inverno. Outras vidas novas não apenas vegetais, surgirão na primavera. Algumas à custa desses velhos troncos derrubados, sempre em transformação.  Como diria alguém: é a vida!

Fotos de ontem e de fins de fevereiro de 2014, na aldeia.

terça-feira, 4 de março de 2014

REFLEXOS, ÁGUA (REFLECTIONS IN THE WATER, REFLETS DANS L´EAU)


Reflexos de inverno ao entardecer.


Divergindo?


Navegação de recreio com vento fraco, ondulação ténue sem rebentação.

Fotos de Fevereiro de 2014, de um lago em parque privado na aldeia.

domingo, 2 de março de 2014

Parce que les fleurs sont éphémères, flores de camélia.


 Ma fleur est éphémère, se dit le petit prince,


et elle n,a que quatre épines, pour se défendre contre le monde!


Et je l,ai laissée toute seule chez moi!

Antoine de Saint-Exupéry, Le Petit Prince, Chapitre XV.

(A minha flor é efémera, disse o pequeno príncipe, e ela não tem senão quatro espinhos para se defender do mundo. E eu que a deixei sozinha em casa!)

Fotos do passado sábado no quintal-jardim do casal M.