A nova avenida cortou a Várzea. Após aterro, o pavimento ficou situado acima do plano médio dos solos da área de cultivo. Entre esta e os passeios, uma zona de protecção lateral compactada, formada por materiais degradados e saibro. A separá-la dos terrenos agrícolas um talude da mesma qualidade. Ao centro da estrada um corredor estreito separa as faixas de rodagem. Sem surpresa, mesmo a vegetação espontânea no solo de cultivo contrasta pela variedade, abundância e vigor com a das zonas de protecção. Aí o solo é naturalmente muito pobre e a água das chuvas escoa seguindo a inclinação do talude, demorando-se bem pouco pela superfície vidrada.
Mas foi lá que deparámos com esta muito discreta variedade de Malvaceae. Discreta pela disposição rasteira das hastes que, ainda assim, parecem tentar mostrar as flores erguendo-as tão alto quanto possível. E que flores!
Aqui e para comparação com a da primeira foto, uma malva comum de caule erecto. Note-se ainda o afastamento das pétalas entre si.
Voltemos. As raízes são curtas. A partir e em torno do caule principal, brotam os caules que suportam folhas arredondadas, verde-escuras, mais curtas do que eles.
Flores de 5 pétalas em cor rosa, com riscas em tom mais escuro. Inúmeros estames. Os frutos são os conhecidos "queijinhos" que as crianças do meu tempo ingeriam embora nem soubessem bem.
Fotos de ontem.