segunda-feira, 4 de abril de 2016

ASPHODELUS BENTO-RAINHAE (ABRÓTEA, ABRÓTEGA, GAMÃO, BENGALA-de S.JOSÉ)




Estamos nos primeiros dias de primavera. Passado já o meio da manhã, a temperatura do ar ronda os 10 graus centígrados. No entanto, o ambiente é magnífico para a caminhada.


A água escorre lentamente dos cimos e insinua-se pelos locais mais recônditos. Novas rebentações foliares revestem as encostas rochosas e escarpadas e, em taludes de solos derivados de granitos e xistos, surgem as primeiras flores. 


É o caso do asphodelus que na variedade bento-rainhae é uma espécie ameaçada e em perigo de extinção. 


Estas plantas estão providas de órgãos de reserva alimentar subterrâneos  que lhes permitem resistir a duras condições de tempo frio ou quente (geófito rizomatoso). Fogos e a destruição de carvalhais, entre outros, estão a reduzir perigosamente o seu habitat natural. Ali nas margens do Paiva onde as encontrámos, há um processo recente de erosão em consequência de iniciativa humana ainda que bem intencionada e proveitosa, qual seja a de trazer as pessoas ao contacto com a natureza. 


Convenhamos em que, sendo efectivo e permanente o risco de incêndio, o deixar as coisas entregues a si mesmas,  também não favoreceria a sua preservação. A passagem de pessoas perturba o ambiente natural mas também é maior a vigilância e o controlo dos matos e infestantes.  

2 comentários:

  1. Muito bonito todo o trajecto e as primeiras fotos de flores são magníficas. Gostava de saber se as caminhadas são organizadas e podem ir pessoas de outros lugares, sou de Leiria.

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  2. Muito obrigado pelo simpático comentário. Não sairia de casa sem ter feito reserva porque é limitado o número de visitantes por dia. Aceda a www.passadicosdo paiva.pt para comprar bilhetes e ler recomendações. Atenção que os conselhos para levar calçado confortável, água e protector solar são mesmo para levar a sério. Não sou agarrado a telemóveis mas aqui recomendo ainda que vá cruzar algumas vezes com outros caminhantes. Com todo o respeito pelos guias que são acolhedores e prestáveis, preferiria fazer a caminhada ao meu ritmo, fazendo quantas pausas quiser e pelo tempo que entender. Como o percurso é todo pelos passadiços de madeira, não há qualquer possibilidade de se perder. Boas caminhadas, boas fotos. Cumprimentos, Vítor.

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