domingo, 31 de julho de 2011

ZÍNEA inspiração/estudo


Em botão.


De perfil: botão abrindo, promessa de flor.


Visto de cima. Vulcão adormecido.


Em explosão. A flor.


Foi promessa de flor, passou a botão. Em tela plantada, só aparentemente adormecida, na realidade vulcão. Emergiu.  O rosto da artista, grave e contido, corando, saúda a flor verdadeira, sua emulação.
Colaboração de Malema que agradeço com muita admiração e amor e que ma enviou através de http://malemapaintings.blogspot.com  . A flor verdadeira foi-me entregue em mão.

sábado, 30 de julho de 2011

ALSTROEMERIA


Aqui tem-se dado bem à sombra de uma das tangerineiras mas recolho agora informação   de que preferem o sol pleno. O local é abrigado. O solo, arenoso. Por isso não arriscarei uma transplantação.



Temos de as apoiar em tutores pois de outro modo tombam e quebram. As frágeis hastes vem sofrendo com a preferência dos gatos pelos lugares frescos nestes dias de calor.


Talvez pela demasiada humidade do solo em resultado das regas frequentes, continuam a florir. Na foto ontem tirada, esta planta anuncia uma nova floração.



Prefiro esta cor mais vistosa à das fotografias do topo. O contraste entre os rabiscos pincelados sobre o fundo rosa escuro e em vários tons de  amarelo, em cada pétala, parece mais vivo. E são esses rabiscos que lhe dão a graça.


Em Outubro perdem a folha. Temos de marcar com uma caninha os sítios exactos da sua implantação. A copa da árvore será suficiente para proteger estas plantinhas mas mais avisado será proteger o tufo com um pouco de palha.  As sementes aparecem em cápsulas que é preciso acompanhar para as não perder. A sementeira faz-se no local definitivo em Setembro/Outubro ou em Março/Maio.  

sexta-feira, 29 de julho de 2011

HORTÊNSIA METAMORFOSE FLORES em DECADÊNCIA


Nova fase da flor da hortênsia, com alteração das cores, no processo de degeneração.


E, ainda assim, belas! Não é nada comum que estes processos sejam acompanhados de beleza. Já nas camélias que muito aprecio, ao auge festivo segue-se rapidamente o colapso das flores que semeiam o chão num espectáculo demasiado triste.


Em cima flores saudáveis da mesmíssima planta. Foto tirada em fins de Junho deste ano. A hortênsia é acidófila. O PH do solo é também importante para a cor da planta. Este tom mais rosado é próprio das hortênsias em solo alcalino. O solo ácido é bom para o azul. Mas o mercado fornece correctores do solo embora nem sempre fiáveis.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

ESCHSCHOLZIA PAPOILA DA CALIFÓRNIA


É preciso observá-las ao natural e ficar preso a tamanha beleza. Não há fotografia que retrate a real textura aveludada das pétalas. É emblema floral da Califórnia onde goza de protecção especial.


Sobrevive nas bordas (talvez por mais expostas aos raios solares), mais lavadas, pobres e secas. Como se verá hoje nas fotografias, a terra do jardim é de areia. Drena bem a água. Tanto melhor para esta californiana que detesta terrenos ensopados.


Estas papoilas da Califórnia preenchem toda a paleta dos amarelos, mas no nosso jardim além das tonalidades retratadas de amarelo laranja, apenas surgem o branco e este tom rosado. 


Em Setembro recolheremos as sementes contidas numas cápsulas verdes mar, longas e esguias, muito engraçadas, (podem ver-se na foto acima) para em fins de Março ou Abril voltarmos a semear. Mas se nos esquecermos não deixarão de surgir novas papoilas da Califórnia...  Atenção: não gostam de ser transplantadas. Florescem desde o primeiro ano.


Estas plantinhas continuarão a florir até Outubro. Porque são tão fáceis de cultivar e tão delicadas e belas, as recomendo. Em cima, o gato tigre adora jardinar comigo. Que me desloque um metro e logo me segue até ficar de novo mais perto! Aqui parece estar de guarda a uma papoila que nasceu fora do canteiro, praticamente no caminho de terra onde pouca água pode chegar.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

CALÇADAS CONTEXTO


Um portão que é um marco na muralha. Delimita os âmbitos do público e do privado. Os símbolos nele inscritos pedem uma segunda leitura para o significado da via calçada a paralelipípedo cinzento, em granito. Calçada firme, passada inquieta.


Ainda em granito. A envolvente desta calçada também manifesta interioridade. Mas diferentemente da anterior é convivial e sofisticada.


A calçada está lá mas sob a camada solta de gravilha cinzenta. Os nossos passos não a atingindo directamente, tornam-se ondulantes, menos seguros e daí nos prenderem a atenção expectante. Aqui, a calçada ganha autonomia porque mesmo sem o retrato da envolvente, em si mesma está prenhe de significados. Enorme toalha cinza, recolhe a folhagem de outono.Tem silêncios, mas os nossos passos nela ecoam e devolvem o ritmo do passante. Uma aragem, leve que seja e o padrão da disposição das folhas è logo outro.


Calçada de seixos. Calhau rolado. Tem frescura, tem nobreza, memória, ancestralidade.

terça-feira, 26 de julho de 2011

CRAVOS TÚNICOS II


Confirmado. Cravos túnicos são uma grande aposta quer para o jardim, quer para a horta.



Admire-os de bem perto. Anote a incrível variedade da organização das pétalas, com apenas algumas ou com aquelas cabeçorras que só com maior atenção  as podemos identificar como cravos túnicos.


Plantas muito resistentes, apreciam as regas frequentes nestes dias quentes e ventosos.


Uma das minhas cores preferidas para maciços. Continuamos a recolher flores secas para retirar as sementes com vista ao ano próximo.
Com excepção da terceira que é de sábado, as demais são fotografias tiradas hoje. Voltarei com novas formas e cores.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

AMEIXEIRA UMA IMPROVÁVEL FLOR DE JULHO


Fotografia de 23 de Julho de 2011, tirada à mais jovem das ameixeiras do meu quintal. Esta árvore deu este ano bons embora poucos frutos. Melhor, deu a quantidade própria da idade. Mostrei-os aqui.
Esta perfeita flor surgiu agora, época improvável. A juventude é um espanto ...!

BICHEZAS na HORTA II


Não faz mal a ninguém. Além disso a sardaneta até é útil ao horticultor de ao pé da porta. Porque havemos então de temê-las?


Já esta salamandra importada convive magnificamente com os donos não no quintal, não no jardim mas, imaginem, na cozinha!


Temos contrato com alguns parceiros dando-lhes sementinhas e água fresca em troca da caça que haveriam de fazer a insectos indesejáveis. Mas não é pessoal de confiança ... comem por aqui o que lhes apetece, fazem vista grossa aos insectos e usam o quintal como se donos dele fossem. E o pior é que com a natureza toda do seu lado, impedem-me de facto o justo despejo. Uma cambada!


Como se não bastasse, anuncia-se a extinção dos correios na aldeia. Acaba a função dos pombos mas o encargo do seu sustento continua por conta dos hortelões de ao pé da porta.
Que descoco!

domingo, 24 de julho de 2011

BICHEZAS NA HORTA


Desvio de rota? De facto são nada comuns no quintal.


Quando voam baixo, dificilmente escapam às garras das gatas.


Esta libelinha foi caçada ao meu lado  pela gata lolita mas consegui tirar-lhe a presa. Recuperou o folgo entre os meus dedos. Soltei-a e a gata viu-a voar bem alto. Estes insectos alimentam-se doutros como mosquitos e moscas e são bem úteis às culturas.


Já estas borboletas são infatigáveis na recolha do néctar dos cravos túnicos. E abundam nesta altura do ano.

sábado, 23 de julho de 2011

PEQUENOS FRUTOS AMORAS e FRAMBOESAS


Estas amoras (ditas amoras-framboesas) foram colhidas ontem. Trata-se do segundo ano a contar da plantação. No primeiro não deram frutos. Mas cresceram rapidamente. No início da primavera apresentavam lançamentos que quando tocavam o solo húmido começavam a prender-se e a dar raízes. Então provoquei esse contacto para aumentar o número de plantas novas. 


Nesta altura o caule com dois anos não cessa de crescer, dá novos lançamentos e flores nos lançamentos antigos que vêm a rematar por frutos deliciosos, ocos como as framboesas e doces mas não enjoativos como são as amoras das silvas á beira dos caminhos. Experimentalmente tenho cortado os lançamentos mais baixos e os que se enovelam com outros mais antigos. Tenho orientado os lançamentos para cima, mas em arco, encaminhando-os através de guias de plástico de modo a que frutifiquem melhor.


Quando tiver mais caules em produção vou ensaiar com vista ao aumento do tamanho dos frutos, eliminando até cerca de metade dos frutos em início de crescimento. Também irei atarracar algumas pontas para obstaculizar tanta produção vegetativa em detrimento da produção de frutos. Na primavera adubei. Com a estiagem também procedo a regas ligeiras.



Já as framboesas parece não quererem repetir a dose oferecida em Junho. Irei atarracar  algumas em Agosto ( a partir do 10º nó) a ver se quererão oferecer uma segunda colheita no Outono.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

REENVIO


O tema que escolhi para hoje (e que a bem dizer é um dos problemas mais prementes da actualidade hortícola de ao pé da porta) deveria estar no lugar deste. Não está. Um lamentável mas involuntário erro técnico do produtor e realizador deste espaço remeteu o incontornável tema do FEIJÃO SECO para o lugar imediatamente anterior ao de ontem, o da Cesta de Vime e Arranjo Floral. Para lá remeto o eventual interessado  naquela problemática, com o meu reiterado pedido de desculpas. 

quinta-feira, 21 de julho de 2011

CESTA DE VIME E ARRANJO FLORAL


O vime é um produto natural muito abundante nesta região de baixa altitude relativa e quando aplicado em cestaria pode resultar em verdadeiras obras de arte. Na foto acima um arranjo floral discreto não apaga antes realça a beleza da base em que foi construído.


Já não  há  cesteiros na aldeia. No passado a cestaria da aldeia aplicava-se em poceiros e cestos de vindima, enormes, fortes e pesadões. O cesteiro deslocava-se a nossa casa com tesoura da poda, um pau pesado aí de uns 40 cm de comprimento e um banquinho. Os meus pais forneciam a matéria prima. No páteo, a coberto nos dias de chuva ou na rua á porta da adega o artista, com as mãos e também com a ajuda dos pés descalços para construir as bases, lançava base e estrutura arqueada e batia os vimes entrelaçados para os aconchegar para o fundo. No final limpava á tesoura como bom barbeiro que também era. E nisto passava alguns dias. As crianças aproveitavam para fazer as bilhardas, com que se jogava nessa altura do ano. À cabeça das mulheres, com rodilha ou ao ombro dos homens, foram transportadas décadas a fio, toneladas e toneladas de cachos de uvas.

 
Também houve cestaria leve encomendada pelas caves dos vinhos da região para apresentação das garrafas. Antigo é o empalhamento dos garrafões para água, vinhos ou azeite.

Não menos antiga é a feitura de cestinhos decorativos. Em cima, noutros materiais, adornos delicados para a felicidade das damas de agora e de sempre. 

FEIJÃO SECO COLHEITA


Nesta altura, tenho feijão simultâneamente em flor, com vagens em verde e em seco. Mas ainda irei semear este ano mais algum. Recordo os ataques de pulgão e a  acção dos ventos, estes que ainda perduram. Mas, no todo, o ano foi muito razoável para esta cultura.



Arranquei e transportei os feijoeiros secos para a eira, para acelerar o processo. Quando suficientemente crespos debulhei-os à mão, hoje um pouco, amanhã ou depois outro tanto. Há quem os pise com os pés. Não precisei (não tenho pressa), não gosto, mas é um processo expedito. Depois, (para este fim o vento é um bem) ergui os feijões para a alimpa: separação do pó e restos de cascas do feijão. Agora, retiro os deformados ou raquíticos.
Na foto acima, feijão seco para escolher. Os castanhos claro são de feijoeiros baixos. Os restantes são de trepar. Uns e outros darão boas feijoadas!


Antes do pulgão e do vento.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

MORANGOS


A mais recorrente das colheitas. Desde Abril que os morangais vêm oferecendo frutos com abundância, embora partindo do menos doce e mais pequeno até ao presente em que doçura e aromas vão a par com tamanho e quantidade. 


Como já tenho dito, para esta terra arenosa requerem-se regas copiosas de quatro em quatro dias, limpeza frequente das infestantes dos canteiros, limpeza das folhas secas ou excessivas, dos frutos avariados e dos lançamentos para novas plantas (excepto no final da safra quando já tenho em vista obter novas plantas).


Não menos importante é a alteração do local da plantação após 3 ou 4 anos. Nessa altura, preparo os novos talhões para apenas duas curtas carreiras (mais ou menos 2,5 m por 1 m)para ficarem ao alcance da mão, escolho das plantas novas as mais desenvolvidas e faço a covinha de modo a que as raízes não fiquem dobradas. Deixo as plantas intervaladas por uns 60 cm em linha e uns 50 cm entre linhas. Há quem corte as folhas. Não pratico esse método.
No todo o comprimento não há-de ultrapassar os 10 metros para comportarem as redes disponíveis. No início da primavera e antes da florirem faço uma adubação.
Com esta terra arenosa, insisto, não resulta levantar o terreno da implantação. Por isso, planto ao nível geral do solo. Pode plantar-se a partir de meados de Setembro. Aqui, prefiro fazê-lo em Novembro. Lamento não saber identificar a variedade que uso. Comprei inicialmente e bem caros 25 exemplares numa vila vizinha onde eram cultivados e sem saber como acertei em cheio na variedade para as condições deste quintal.